A criação deste blog teve por objetivo divulgar o trabalho do Núcleo de Estudos de Política Econômica (NEPE) da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul. As atividades do NEPE foram encerradas oficialmente em abril de 2018, por força de decreto do governo estadual do Rio Grande do Sul. As opiniões aqui expostas não refletem quaisquer posições oficiais desta instituição ou de qualquer outra, sendo de responsabilidade exclusiva do autor do blog. Neste momento o objetivo é contribuir para a preservação do patrimônio imaterial da FEE, bem como divulgar e avaliar criticamente as análises econômicas realizadas no Rio Grande do Sul.

12 de set. de 2014

Fatores patrimoniais e variações do passivo externo líquido brasileiro

Disponibilizo um artigo publicado na Revista Indicadores Econômicos da FEE a respeito dos determinantes do comportamento do Passivo Externo Líquido Brasileiro. O ponto de partida do texto é a constatação de que os fluxos registrados no balanço de pagamentos não explicam os movimentos do estoque de passivo externo brasileiro ao longo do período 2001-2013. Ocorre que ao longo dos anos 2000 houve uma mudança significativa na composição do passivo externo brasileiro, tendo aumentado significativamente a participação de passivos denominados em moeda doméstica. Desse modo as variações da taxa de câmbio e dos preços dos ativos domésticas acabaram impactando bem mais sobre o estoque de passivo externo do que os fluxos registrados no balanço de pagamentos. Argumenta-se que este foi, junto com o acúmulo de reservas internacionais, um aspecto que reduziu significativamente a vulnerabilidade externa da economia brasileira nos últimos anos.
- O artigo completo pode ser acessado aqui
- Uma versão resumida do argumento foi publicada na Carta de Conjuntura da FEE
PS: Somente depois que finalizei o artigo, vim a saber que uma análise bastante semelhante foi realizada por Paulo Van Noije, tendo sido recentemente publicada na Revista de Economia Política e pode ser acessado aqui.