Disponibilizo um artigo publicado na Revista Indicadores Econômicos da FEE a respeito dos determinantes do comportamento do Passivo Externo Líquido Brasileiro. O ponto de partida do texto é a constatação de que os fluxos registrados no balanço de pagamentos não explicam os movimentos do estoque de passivo externo brasileiro ao longo do período 2001-2013. Ocorre que ao longo dos anos 2000 houve uma mudança significativa na composição do passivo externo brasileiro, tendo aumentado significativamente a participação de passivos denominados em moeda doméstica. Desse modo as variações da taxa de câmbio e dos preços dos ativos domésticas acabaram impactando bem mais sobre o estoque de passivo externo do que os fluxos registrados no balanço de pagamentos. Argumenta-se que este foi, junto com o acúmulo de reservas internacionais, um aspecto que reduziu significativamente a vulnerabilidade externa da economia brasileira nos últimos anos.
- O artigo completo pode ser acessado aqui
- Uma versão resumida do argumento foi publicada na Carta de Conjuntura da FEE
PS: Somente depois que finalizei o artigo, vim a saber que uma análise bastante semelhante foi realizada por Paulo Van Noije, tendo sido recentemente publicada na Revista de Economia Política e pode ser acessado aqui.
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