A criação deste blog teve por objetivo divulgar o trabalho do Núcleo de Estudos de Política Econômica (NEPE) da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul. As atividades do NEPE foram encerradas oficialmente em abril de 2018, por força de decreto do governo estadual do Rio Grande do Sul. As opiniões aqui expostas não refletem quaisquer posições oficiais desta instituição ou de qualquer outra, sendo de responsabilidade exclusiva do autor do blog. Neste momento o objetivo é contribuir para a preservação do patrimônio imaterial da FEE, bem como divulgar e avaliar criticamente as análises econômicas realizadas no Rio Grande do Sul.

7 de jul. de 2017

Paradoxo da parcimônia

O que mais se ouve por aí da parte dos economistas é o mantra de que "tem que aumentar a poupança". Digamos que ok mas, como se poderia chegar a esse resultado? Reduzindo os gastos?


O gráfico mostra uma redução do consumo autônomo (que corresponde ao aumento da poupança autônoma). Este movimento tem efeito recessivo sobre o produto e a renda. Se o nível do investimento estiver associado positivamente ao nível de produto, um aumento autônomo da poupança acaba resultando em queda do investimento e também da poupança total.

Portanto, para aumentar a poupança total seria preciso elevar os gastos autônomos, estimulando o aumento do produto e induzindo um nível maior de investimento. Dessa forma é que resultará um nível maior de poupança.

Referência: Shapiro (1975). Análise macreoconômica. p. 326.

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